O tempo não para.

Por várias vezes pensei em montar um relógio de plataforma. Sei que existem em escala Ho, mas tenho também que confessar, prefiro fazer. É logico que a produção de miniaturas principalmente europeias são simplesmente divinas. Porém o desafio de você produzir algo me atrai. Mesmo que as primeiras versões fiquem muito ruins, o prazer de falar que "eu fiz" é muito grande.
Assim nasceu o relógio de plataforma que virou relógio de torre. Comecei com um desenho e relógio e o modelo de Paranapiacaba serviu de inspiração. Atenção, apenas serviu de inspiração, guardem as proporções. O primeiro passo foi o desenho do relógio no CorelDraw. Esta parte foi a mais facil pois trabalho com ele a anos. Embaixo você tem a imagem do Corel 


Como podem ver criei um mostrador e já colocando a parede de tijolo aparente. O relógio possui duas seções, relógio e torre. Fiz separadas e com encaixe por questões de manutenção.As medidas do relógio foram 22 mm x 22 mm e a torre 22mm x 80mm.



Antes que pergunte, e o relógio? Bom o relógio usado foi um de pulso eletrônico, destes quase descartáveis. A maquina costuma ser muito pequena, não mais que 16 mm de comprimento. A fot abaixo mostra a retirada da maquina de um relógio.

O próximo passo a montagem, foi so colar a maquina fixar os ponteiros e de quebra colocar uma lampada no interior da torre. Um macete é colocar algo que bloqueie a luz jogando a mesma somente para frente, no caso usei EVA preto, assim a luz não escapa pelas laterais e ilumina por trás o mostrador.
As fotos abaixo mostram o relógio com a luz apagada e acesa, de forma bem discreta.
Bom se alguém tiver interessado entre em contato pelo blog que posso enviar o arquivo do CorelDraw com o desenho pronto. 



Um parafuso.

Esta semana resolvi colocar a Ten-Wheeler em ponto de funcionamento. Creio que por causa do próprio projeto sempre foi uma maquina complicada. Tenho a minha a uns 10 anos e sempre me deu trabalho. Como vocês viram no post anterior, ela foi transformada de analógica em digital e confesso, o resultado surpreendeu. Depois de muito brigar com a alimentação, ela esta funcionando e bem.
Bom mas uma coisa que não ia bem era a fixação do puxavante ao eixo excêntrico e o braço. Não sei se recordam mas no projeto original era um pequeno pino plástico, provavelmente submetido a pressão de tal forma que a deformação impedia o seu deslocamento. Porém de uns tempos pra cá os pinos começaram a soltar, talvez o peso da idade da maquina comece a pesar e a manutenção agora é de reposição.
Para curiosidade a foto abaixo mostra a braçagem da Ten-Wheeler.



Bom ai vai a sugestão: parafusos para óculos.  A medida acho que deve ser pouco mais de 1 mm, mas é fácil encontrar. Por incrível que pareça, o primeiro que testei foi exato, fácil de fazer rosca em plástico, não ofereceu resistência e o melhor, o acabamento ficou muito bom.  A sugestão cabia até para a a frateschi. substituir os pinos plásticos por parafusos. Abaixo a foto do "serviço", apesar da idade da maquina, dos descascados da pintura que deve passar agora por uma reforma, ela é quase um phoenix que ressurge das cinzas.



Vapor Digital

Uma das maiores dificuldades em converter locos analógicas em digitais é o espaço. De todas as minhas locos a única que era analógica era uma Ten-Wheeler Mogiana. Depois de muito sofrimento, resolvi converte-la. Além do espaço a maquina possui projeto peculiar. Para começo ela possui dupla alimentação, uma no tender e outra na locomotiva como mostra na foto abaixo a alimentação dos rodeiros, que também alimentam a lâmpada frontal da maquina.


O Decoder usado foi da Ane, então depois de experimentar o único lugar que pode-se esconder é na cabine da loco. A fiação deve passar de fora para dentro, então foi necessário criar uma passagem para os fios.

Utilizando uma broca fiz um pequeno furo na "caldeira" da loco criando uma passagem o decoder foi camuflado no interior da cabine sendo necessário desmontar.a mesma, porém no projeto da frateschi isto é simples..
Na foto acima da para ver o decoder com a fiação passando para dentro da loco. Uma coisa importantíssima, mantive a dupla alimentação, assim os fios tanto do tender como da loco foram ligados ao Decoder assim como o motor e lampada. A ligação esquemática é igual a todos os decoders. Preto e vermelho alimentação. Cinza e laranja ligados ao motor, azul, branco e e amarelo iluminação. Para encobrir o decoder foi enrrolado em isolante preto.

A ligação é o ponto crítico, a foto abaixo foi um dos inúmeros testes de contato. Nesta fot tinha acabado de testar só com a alimentação frontal, não funcionou. Então veja as setas, as duas setas azuis indicam os fios de alimentação do tender, eles foram ligados na entrada de alimentação da loco (seta azul a esquerda.  e ficaram com dupla alimentação, como é na loco original)

Por fim loco fechada, e decoder escondido na cabine. .