A 3ª e definitiva maquete - A parte elétrica

A parte elétrica básica já é conhecida de todos os ferreomodelistas, que envolvem alimentação dos trilhos dos amvs controles e etc.

Por se tratar de terceira maquete, esta em especial resolvi aplicar alguns principios que outrora estavam na prateleira. Assim diversos controles principalmente no que diz respeito a iluminação foram inseridos. Uma maquete com parte urbana envolve necessariamente a instalação de postes de iluminação. Tenho um estoque razoável de lâmpadas de 12 volts incandescentes menores que as lampadas de led. O tom amarelado dão o toque especial. Na primeira maquete já havia produzido um conjunto de postes e apenas um estava queimado. Observo que no mercado voce encontra material de excelente qualidade mas nada da mais gostos do que voce ver que seu projeto foi satisfatório. Porém nao deixei de incluir alguns postes artesanais de maior qualidade, adquiridos do nosso amigo Alfredo Lupatelli.

Outra coisa que atormenta a todo ferreomodelista é o tal do desengate. Os desengates magnéticos da Frateschi são ótimos, mas para fim de linha. Resolvi colocar em prática o projeto do desengate eletromagnético. Utilizando fio de cobre esmaltado 28 fiz duas bobinas envoltas em uma estrutura em forma de "t". Funcionam perfeitamente com a vantegem da chave na mão.

Outra inovação surgiu de um fórum, ao usar dois controladores a manobrabilidade é boa, porém tenho tres circuitos. No forum existia a sugestão de instalação de uma chave tipo HH na locomotiva, porém esta ideia é pouco prática, o que fiz foi colocar duas linhas isoladas no mesmo controlador e uma chave inversora assim tenho a opção de mesmo sentido ou sentido contrário, o que aumentou significativamente as possibilidades.

Por fim resolvi colocar um dimmer na iluminação, um pouco de trabalho alguns projetos mal sucedidos, mas no fim um potenciometro de 10k acompanhado de alguns resistores e um transistor retificador pronto.

A 3ª maquete a definitiva (por enquanto) - O relevo.



Desculpem amigos se nao dava noticias foi uma questão de tempo. Enfim voltei. Bom no ano passado resolvi retomar a construção da 3ª maquete, casa nova, ja havia deixado o espaço reservado. Da Segunda maquete so sobrou a estrutura metalica que apesar de nao ser excelente é funcional. Tve a oportunidade de construir uma bancada dobravel, o que é conveniente. Assim as reformas ficavam mais faceis. Bom "não cometerás erros" esta foi a decisão, fundamental, traçado plano, com material que ja existia, rodante tambem, a ideia era criar tres circuitos distintos, dois controladores e amvs interligando. Apesar de simples para quem ja tinha experiencia, ela não era para um novato. Resolvi investir um pouco mais na parte eletrônica. A grande novidade seria os desengates eletro-magneticos, que ja fora testados na 1ª maquete mas o resultado naquela epoca tinha deixado a desejar. Porém algumas técnicas foram aplicadas e o resultado eu julgo excelente.

O relevo, todo ferreomodelista tem este problema, você já leu nos posts anteriores, a primeira técnica que havia usado era papel e cola. è uma técnica boa porém achei muito demorada e o resultado deixava a desejar em alguns aspectos. Outro problema eram as curvas de nível.

O primeiro ponto de destaque tenho que fazer com relação ao relevo peço desculpas por não ter fotografado as fases para mostrar, mas vou detalhar o máximo possivel.




Bom a técnica aplicada é simples, e ai vai a receita de bolo. Foram utilizadas placas de isopor de 10mm, cortadas ja no formato desejado mas sobrepostas e coladas, voce forma uma pilha, em seguida com auxilio de um ferro de solda molde tendo o cuidado de aparar as ementas.

Em seguida lixe, nao é necessário muito cuidado.

O pulo do gato vem agora, aplique uma camada de gesso e deixe secar.isto resolve as imperfeições e permite um acabamento melhor.


O proximo passo foi aplicar a pintura de fundo, usei tinta látex, no caso usei cor de cerâmica.

Novo passo ai vem cola, aplique com trincha. e aplique a vegetação.

Um adendo, a vegetação voce pode comprar pronta ou como todo ferreomodelista conhece serragem peneirada e pigmentada com tinta xadrez. faça varios tons.

Uma vez aplicado, voce verá que tudo esta muito uniforme, ai entra o seu trabalho. Com auxilio de uma escovinha retire em alguns pontos o excesso, na natureza a vegetação não é tão uniforme.

Outra dica, aplique tinta látex de cores claras com areia e escuras como cinza, fazendo as incrustrações de rocha.

O resultado julgo muito bom, você pode construir tuneis, morros, o que precisar. Estou postando algumas fotos do relevo acabado. Até a próxima.










A segunda maquete - 1ª e única parte.


Bom amigos, como viram a primeira maquete havia sido um sucesso, porém passado algum período, resolvi alterar de forma drastica a querida linha. A proposta era permitir uma linha auxiliar ao loop interno que permitiria a manobra de composições mais longas, o que obrigaria a criar uma passagem de nível e um cruzamento em nível. No projeto até que parecia razoável. Comprado alguns complementos e iniciada a parte de carpintaria, seguiu-se o novo assentamento. Sem percalços na primeira fase seguiu-se a decoração. Ai esbarrou-se no problema. Quando voce projeta um traçado, todo na verdade se encaixa em sua execução, mudanças são complicadas e o inevitável ocorreu, "a obra parou".
Com isto surgiu-se um problema obvio não era possivel progredir nem voltar a forma anterior. O que aconteceu dai para frente foi cobrir a obra inacabada para evitar maiores comprometimentos. Passado um ano e algumas mudanças necessárias só restou desmontar todo o traçado, encaixotar tudo, desfazer a parte eletrica e simplesmente encerrar a mudança. Assim do que restou, o tampofoi serrado para o descarte. Era o fim da 2ª maquete. Porém como Fênix. o 3º traçado estava por vir.

Intrumental


O instrumental de um ferreomodelista. Pinças de vários tamanhos, bisturis, estiletes, tesouras, parece uma mesa cirúrgica.

Dappen pra que te quero.


Algumas dicas são interessantes, vamos supor que você precisa de uma janela de casa. Dá para copiar? A resposta é sim, muito do ferreomodelismo pode ser feito com materiais simples. Uma das coisas que uso são materiais odontológicos. Estava a construir algumas edificações para a maquete e precisei de algumas janelas. Fiz a cópia com material de moldagem e usei resina acrilica. Arrisque um dia. A propósito Dappen é o nome do potinho de vidro usado para preparar a resina (na foto), a janela cinza é a original e a azul é a cópia.

A primeira maquete - 3ª parte.

O trabalho de assentamento havia sido concluido, o cenário já composto, restou a parte elétrica da maquete. A parte elétrica, uma vez dominado os conceitos, é relativamente simpless. Afinal a questão é alimentar os trilhos e isolar
algumas áreas. Porém apesar de não comentar sobre isto, cabe aqui lembrar da importancia do planejamento do traçado. O isolamento apesar de ser simples pode levar a alguns problemas que acarretam a diminuição ou extinção da manobrabilidade. Não esqueça de prever isolamentos em estações ou área de retenção de composições. Recentemente em um fórum de  discussão comentava-se  o fato de muitos 
ferreomodelistas criarem apenas
 ovais que permitem apenas  loops intermináveis. Uma sugestão sempre modifique alguma coisa em sua maquete mesmo deposi de concluida, preveja áreas de aumento, pequenas mudanças de trilhos, pois isto irá  permitir a gostosa manutenção do seu projeto.Enfim a primeira maquete  ficou pronta, dela restaram apenas as fotografias, pois ela passou por um profunda mudança que culminou  com a sua extinção  e o surgimento de outro projeto, que é assunto para frente.

A primeira maquete - 2ª parte.

Resolvido o problema do assentamento dos trilhos passa-se a colocação do lastro, neste vídeo você poderá ver como o processo é realizado. Você encontra a técnica em diversos materiais escritos como o ferrovias para voce construir ou no site do Centro-Oeste na construção de maquetes, tirando a parte do trabalho e da calma não sobra nada, ou seja dará muito trabalho e você terá que ter muita calma.

Com relação a relevo de decoração existem diversas técnicas para se fazer terrenos, a primeira maquete optei pela técnica do papel craft, cola e papel absorvente. Voce encontra em diversos textos, como realizar, mas tambem no site da Centro-Oeste.(Veja aqui a técnica).
O resultado final ficou muito bom, porém existem outras técnicas que são mais trabalhosas em alguns aspectos e com resultados também muito interessantes.
Hoje por exmplo ao ver as fotos desta primeira maquete ela traz alguns problemas que se fossem feitas hoje não seriam cometidos, porém um conselho interessante, aprendemos com erros e acertos, por pior que possa parecer de imediato a nossa maquete ela nos serve para o desenvolvimento de técnicas, e aprendizado. Cada construção tem o seu grau de dificuldade, no meu caso, tudo era aprendizado. As técnicas de relevo, produção de vegetação, de material decorativo, montagem de edificações, proporção e escala foi fundamental na minha formação como ferreomodelista.


A primeira maquete - 1ª parte.


Após alguns dias afastado volto ao nosso blog, bom era corria o inicio do século, não pense que é o XX, e deu-se inicio o projeto da maquete. Após dias e dias trabalhando com o TrainCad chequei ao traçado ideal para o iniciante, dois circuitos sendo o externo com derivação e o interno com pátio de manobra. Acho este modelo muito bom para o iniciante. Parte da inspiração veio da própria frateschi que possui um livro muito bom chamado "Ferrovias para você construir". Se você é marinheiro de primeira viagem eu recomendo. O primeiro passo foi construir o tablado, na época ele media 1,60 x 2,20, um tamanho muito bom. A estrutura de baixo foi feita de metalon com rodinhas. Muito útil para o deslocamento enquanto se trabalha e a parte superior de madeira compensada de 10 mm. Um tablado deste é relativamente barato e útil pois posteriormente detalho mas caso voce deseje mudar a sua maquete, basta trocar o compensado. Apesar da inicial dificuldade de monstagem do circuito, usei trilhos rigidos, mas dou uma sugestão tão logo tenha um pouco de habilidade use trilhos flexiveis. Recomendo comprar algumas ferramentas básicas para o trabalho: impossivel trabalhar sem uma microretífica, voê pode  usar uma sem fio ou com fio, mas recomendo uma com boa quantidade de rotações uso uma que atinge 30 mil rotações/minuto. Recomendo também comprar um martelo de vidraceiro, voce vai precisar para assentar os trilhos. Outras ferramentas são costumeiras alicate de bico, de corte, chaves de fenda, tudo isto terá utilidade na primeira fase de assentamento.

Caminhos do Ferreomodelismo - 2ª parte.






Enfim vamos as compras, ir a uma loja de ferreomodelismo sempre é legal, mas nos tempos de hoje comprar pela internet  tem sido uma mão na roda. Ai abro meus parenteses, fiz compras em diversas lojas no Brasil e se  você tem receio, perca-o hoje mesmo. O pessoal atende muito bem, alguns aceitam cartão de crédito, 
voce pode parcelar suas compras. Minha primeira compra foi na Hobby Delivery
e engraçado exceto esta primeira compra acabei não realizando 
novas compras por lá. Recomendo outro site imperdível o do Alfredo Lupatelli em São Paulo há mais de 45 anos no negócio, dai imagine a experiencia.
 Outra loja muito boa é a do Rogerio
 Cordeiro em Santo André. Próximo a minha  cidade em Ribeirão Preto recomendo a SFHobbies, e por fim em Minas  comprei material de decoração  na Hangar. No mercado livre voce encontra um pessoal muito bom tambem como o DSmodelismo. RCPetri. Bom Vamos as compras.

Caminhos do Ferreomodelismo - 1ª parte.

Bom uma idéia na cabeça e...... Este foi o início do caminho, antes de começar a comprar tudo que via pela frente optei estudar sobre o assunto, afinal eu era um "drive not found" do assunto. Achei que o melhor seria buscar na internet.  A primeira parada foi na página da frateschi onde encontrei o informativo dela e algumas publicações que estavam disponíveis. andei procurando algumas lojas também, mas este é assunto para algum post para frente. Duas coisas que fiz eu recomendo a todos, primeiro entrei em diversos grupos de discussão disponíveis no yahoo, existem diversos grupos sendo ótimo você participar ativamente, grupos como o Hom, Trens e fotos, Trens, SBF news, entre outros. Visite-os. Outro que considero impertivel é o site da Centro-Oeste, mantida pelo Flávio Cavalcanti, conhecido nos grupos de discussão, considero o site dele o meu "bê-a-bá".



Lá conheci técnicas simples, como resolver problemas com AMVs, como fazer relevos, material decorativo, etc, etc. Por um tempo o site esteve fora do ar, mas agora parece que está no ar novamente. Visite, leia atentamente e anote o for preciso, um dia será necessário. A internet aliás foi uma ferramente de primeira para que pudesse me formar como ferreomodelismo, aliás fica a sugestão, poderiamos criar um curso a distância de ferreomodelismo, fica lançada a idéia.

Porque Ferreomodelismo - 3ª parte.


O interesse por ferreomodelismo pode ser dividido em duas partes, nos posts anteriores estão talvez as razões sub-conscientes. Porém a prática teve como pontapé na "terra" da Frateschi, ou seja em Ribeirão Preto. Até então não sabia da existencia do modelismo ferreo e de sua produção nacional. 
Estava em uma das muitas viagens a Ribeirão Preto, e em um passeio por um Shopping me deparei com uma loja que comercializava alguns produtos da Frateschi. O que me chamou a atenção foram os carros de passageiros da Companhia Mogiana. Pronto, estava feita a descoberta. Interessante que ao passar por Ribeirão encontrei outra Loja em outro Shopping, esta  especializada em modelismo onde pude ver o detalhamento de uma maquete. Pois é, acho que já existia um desejo sub-consciente, ainda vejo que existe no Brasil uma empresa que se dedica ao ferreomodelismo, e conheço uma maquete, não era possivel resistir. Daqui para frente terminam-se os porques e iniciam os caminhos do ferreomodelismo.

Imagens


Fotografia e modelismo andam juntas. Nesta série: imagens, vou postar algumas fotos interessantes que tenho encontrado. Não espere um photoblog, mas são imagens em que existe um misto com poder de nos levar a imaginar quão real ou surreal pode uma imagem nos levar. 

Porque ferreomodelismo - 2 ª parte




















Boa parte de minha infância viajei na Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, por morar em Passos, MG, a Mogiana exerceu papel fundamental na minha cidade. Este período foi curto pois logo o processo de desativação dos ramais engoliu os trilhos da Mogiana.  A ferrovia serviu como porta de saida do café produzido na região a partir da decada de 1920 bem como porta de entrada dos "réis" que movimentaram a economia da cidade. Não menos interessante observar que os casarões da cidade são todos da década de 1920. Muita destas construções ainda permanecem mesmo sem tombamento, onde a própria estação ferroviária sobrevive a duras penas como centro de memória da cidade. 
De qualquer forma estas nuances foram incorporadas ao ferreomodelismo, não sei se causa ou efeito, de qualquer forma tiveram a sua participação. mas o verdadeiro motivo do ferreomodelismo será assunto da 3ª parte. 

Porque ferreomodelismo - imagens















Difícil não reconhecer a imponência de uma locomotiva junto as postagens do "porque" por que não ilustra-la?

Além das imagens do "porque" serão postadas algumas imagens das maquetes já produzidas e por incrível que pareça já são parte da história, pois já foram desmontadas e como se fosse uma Fênix, deram origem a outras maquetes.

Porque Ferreomodelismo - 1ª parte.

Ola
Caros blogueiros e bloguistas, este blog é dedicado ao ferreomodelismo.
Sempre indago até como instrumento de auto avaliação como surge um hobby.
Tenho por mim que hobby a gente não escolhe, talvez seja uma expressão de sentimentos as vezes mascarados mas que de alguma forma compõem a nossa vida.
Quando garoto ainda tive a oportunidade de vivier o período ferreo do nosso País, que infelizmente foi execrado no final dos anos 90, mais especificamente no período do governo de Fernando Henrique Cardoso em seu discurso de privatizações. Não que esteja fazendo um discurso político, porém se ve hoje com tristeza e mágoa os caminhos que tomaram o processo de privatização de ferrovias brasileiras. Sempre comparo ao processo de privatizações que deram certo como o caso das telecomunicações. Todos lembram até o ínicio dos anos 90 o caos que era o serviço de tefonia com esperas absurdas e preços estratosféricos, com linhas telefonicas beirando os U$ 5,000, mas isto é papo para outros blogs. Fica so a pergunta no ar, imaginem se a privatição das ferrovias tivesse tido o sucesso semelhante.